A aceleração foi especialmente acentuada no Brasil, México e Colômbia, embora em torno de 4% em julho de 2021. Como resultado, os bancos centrais latino-americanos, especialmente no Brasil, foram alguns dos primeiros nas economias emergentes a aumentar as taxas de juros, e esperamos novos aumentos antes do final do ano. Custos de empréstimos mais altos colocarão ainda mais pressão sobre as finanças públicas já deterioradas em alguns países. As respostas fiscais à pandemia foram heterogêneas na América Latina, com, por exemplo, um estímulo substancial no Brasil ampliando o déficit para -13,4% do PIB, enquanto a abordagem conservadora do México conteve o déficit em -4,6% do PIB. Como resultado, os caminhos para retornar às posições fiscais pré-pandêmica serão substancialmente divergentes e os custos crescentes dos empréstimos colocarão pressão sobre os países com déficits mais amplos, pois eles terão que escolher entre consolidar ou deteriorar a dinâmica da dívida pública. Essa questão pesará principalmente em países como Brasil, Argentina e, em menor medida, Colômbia e México, que já enfrentavam níveis mais elevados de dívida pública antes do choque.
Figura 02: Aperto monetário na América Latina