Os Mercados Emergentes estão sendo cada vez mais afetados pelo enfraquecimento do atual cenário comercial e ainda não estão se beneficiando da melhoria nas condições de crédito. Os dados de junho mostraram um PMI (índice que mede a saúde econômica do setor de manufaturas e serviços) abaixo de 50 (49,4) pelo segundo mês consecutivo, em linha com uma contração na produção industrial.
Os indicadores mais fracos vieram de economias abertas com um índice PMI que chegou ao nível mais baixo desde maio de 2009 (48,4) em uma evolução ampla na Ásia, Europa Oriental e América Latina (México). Isso mostra que a disputa comercial entre os EUA e a China teve um impacto, especialmente em setores-chave na Ásia (tecnologia). Isso também mostra que há outros aspectos em jogo, como dificuldades setoriais (indústria automotiva e de produtos químicos).
Consequentemente, os Mercados Emergentes devem passar a adotar políticas monetárias mais expansionistas, especialmente na Ásia, onde o superavit fiscal pode abrir caminho para a implementação de estímulos governamentais. A redução de taxas de juros de longo prazo ao redor do mundo não se traduziu em uma política monetária mais expansionista em Mercados Emergentes, e todos os olhos se voltam para a reunião do Fed em 30 e 31 de julho.